sábado, 12 de novembro de 2011 | By: Letícia Campos

A verdade nua e crua


"No campo de concentração, eu aprendi a acreditar no homem.
Todos os homens têm medo.
Quem não tem medo não é normal; isso nada tem a ver com a coragem.
Ainda que fôssemos surdos e mudos como uma pedra,
a nossa própria passividade seria uma forma de ação.
Não fazemos o que queremos e, no entanto,
somos responsáveis pelo que somos: eis a verdade."
Sartre
segunda-feira, 31 de outubro de 2011 | By: Letícia Campos

"Se você não lutar por alguma coisa, será vencido por qualquer uma"

Desmotivada, expressão perfeita para definir minha conjuntura predominante, sem estímulo para fazer qualquer coisa, mas ontem, por sorte, algumas frases de um filme devolveram um pouco do meu espírito de guerreira.
"Podemos negar que nossos anjos existem, dizer a nós mesmos que eles não podem ser reais. Mas eles aparecem de qualquer maneira. Em lugares estranhos, em tempos estranhos, eles podem ser qualquer personagem que possamos imaginar. Serão verdadeiros demônios se precisarem, nos chamando, nos desafiando a lutar." 


"Quem honra aqueles que amamos pela vida que vivemos?
Quem envia monstros para nos matar? E ao mesmo tempo, canções que nunca vão morrer? Quem nos ensina o que é real e como rir das mentiras? Quem decide quem vai viver ou morrer defendendo? Quem nos acorrenta? E quem tem a chave para a nossa liberdade? É você! Você tem todas as armas que precisa. Agora, lute!
sábado, 2 de julho de 2011 | By: Letícia Campos

Heartbreak of Himself

Uma pessoa solitária abraçava o travesseiro enquanto não conseguia dormir. 
Guardava o  rancor de todo mal que havia causado a si mesma.
Em toda a sua trajetória ela sabe que quebrou a maioria das promessas, 
até mesmo as mais possíveis de se realizar. 
Ela mesma se mortifica toda noite e grita internamente todos os seus defeitos e os perpetua.
Ela pensa que todos os momentos felizes foram inventados pela mente imatura e insegura, 
que não confia em ninguém, nem mesmo nos próprios sentidos. 
Não se odeia se ama de forma sádica e se decepciona sempre por esperar muito de si. 
Ela trai sua própria razão, se mina, mas nunca desiste desse amor bandido e secreto. 
Sempre se perdoa, sempre tem esperanças, sempre se magoa.

sábado, 11 de junho de 2011 | By: Letícia Campos

Letter of love

E agora eu compreendo aquele desejo secreto que nem precisa acontecer pra ter o seu valor, que ninguém precisa conhecer a não ser você mesmo sendo ele uma companhia inseparável. Entendo aquela atração que as pessoas têm pelo incerto, pelo duvidoso e pela eterna espera do algo acontecer. Entendo seus jogos que me guardam para sempre de qualquer outra pessoa que não seja você. Por que, meu amor, eu não consigo me imaginar amando alguém que não seja você.
I can't see me loving nobody but you
Entendo agora toda a loucura das paixões platônica e da idealização de um ser que só existe no pensamento mais profundo, como um personagem perfeito criado pra sua própria história de amor preso a imagem de um humano comum, mas inteligível aos olhos de quem ama. Porque amo até seus defeitos, pois eles tendem para um conjunto final apropriado a meu ver.
You're perfect for me, why aren't you here tonight?
Agora eu entendo que eu e você somos equivalentes a uma combinação conveniente, e qualquer reação que surgir da junção desses elementos vale a pena desde que estejam um com outro. E agora eu entendo que você me atrai mais que os prótons atraem os elétrons.
Live love, love consumes me keep me, I only knowdrives live like ... 
No presente momento, de janeiro a janeiro, todas as estações entendo que quero você e ninguém mais que o que sinto não é passageiro, posto que o que a memória amou é eterno.



domingo, 20 de março de 2011 | By: Letícia Campos

Fugazes Fragmentos Acadêmicos

Leitores de fragmentos escrevo agora para divulgar um novo blog, Fugazes Fragmentos Acadêmicos:
Breves comentários a respeito de Direito, Sociedade, História, Filosofia e tudo mais que me prende no mundo acadêmico.
Deixo claro que fugazes Fragmentos Desconexos não vai ser abandonado.   
Por fim vou deixar pra vocês um trecho da minha escritora favorita: Martha Medeiros. 
" Fico me perguntando como é que vai ser daqui a um tempo, caso não se mantenha o já parco vínculo familiar com a literatura, caso não se dê mais valor a uma educação cultural, caso todos sigam se comunicando com abreviaturas e sem conseguir concluir um raciocínio. De geração para geração, diminui-se o acesso ao conhecimento histórico, artístico e filosófico. A overdose de informação faz parecer que sabemos tudo, o que é uma ilusão, sabemos muito pouco, e nossos filhos saberão menos ainda. Quem irá optar por ser professor não tendo local decente para trabalhar, nem salário condizente com o ofício, nem respeito suficiente por parte dos alunos? Os minimamente qualificados irão ganhar a vida de outra forma que não numa sala de aula. E sem uma orientação pedagógica de nível e sem informação de categoria, que realmente embase a formação de um ser humano, só o que restará é a vulgaridade e a superficialidade, que já reinam, aliás." (Texto A Elegância do pensamento)
domingo, 13 de fevereiro de 2011 | By: Letícia Campos
Mais um gole de capuccino. Já haviam sido três copos. O mesmo de sempre, amargo e gelado. Lia alguma coisa sem presta muita atenção. Ansiedade demais. A mulher desceu do táxi, elegantemente, carregando seu melhor sorriso. Ele escutava impaciente,  suas milhões de palavras que não diziam, absolutamente,nada. Pediu mais um copo. Levantou-se impaciente. Foi embora. Naquele momento não podia suportar. Não podia suportar o perfume que envenena, o sorriso que hipnotiza nem o doce beijo que entorpece. Não naquele momento. Era preferível o gosto amargo e gelado daquele último copo, a companhia da solidão que lábios doces, quentes e nocivos.  

 “Passei a ocupar meus dias pensando sobre o que, afinal, é isso que todo mundo enche a boca para chamar de amor, como se fosse algo simplificado: defina em meia dúzia de frases, é fácil querida.
É fácil? Pois a querida não entende como uma palavrinha tão simples formada por apenas duas vogais e duas consoantes pode absorver um universo de sensações contraditórias, diabólicas, insensatas, incandescentes e intraduzíveis. O que é amor? Já tentei explicar a mim mesma e, por mais que tente, jamais conseguirei atingir e essência dessa anarquia que dispensa palavras.” Martha Medeiros
sexta-feira, 28 de janeiro de 2011 | By: Letícia Campos

Belo, sinônimo de feio

“ Estou sempre achando seres Humanos no que eles tem de melhor e de pior.
Vejo sua feiúra e sua beleza, e me pergunto como uma mesma coisa pode ser as duas.”
Markus Zusak

Durante a madurada, eu, silêncio e um livro, me deparo com trecho acima e não consigo ler, fazer ou pensar em nada, a não ser nessas duas palavras tão contraditórias e tão abstrusas em relação a semântica.
O que é belo? 
O que é feio?
Refleti sobre preferências. Elas não foram compreendidas. Porque olhando com profundidade e um pouco de loucura, o que é belo é também feio independente do que se enxergue.